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Regras de ouro: veja como fazer um planejamento financeiro para 2023.


Muito além de guardar dinheiro mensalmente e ter disciplina com os investimentos, é fundamental saber como montar o orçamento pessoal e familiar para ter um 2023 financeiramente tranquilo.


Pensando nisso, convidamos o assessor de investimentos Arthur Stuart para trazer as regras de ouro para um planejamento financeiro anual. Além disso, o assessor também explica detalhadamente o que não pode ser esquecido na hora de organizar o seu dinheiro.


Começar separando o que são os custos fixo e variáveis é o primeiro passo para entender a dinâmica orçamentária da família, segundo ele.


“Digamos que você calculou ali que tem o custo fixo de R$ 10 mil, considerando aluguel, conta de luz, escola de filho. Tudo isso é fixo, não importa o que você faça, vai ter essa cobrança”, exemplifica Stuart.


Especialista ressalta que mudanças extraordinárias no orçamento vão exigir uma revisão no planejamento das famílias. (Foto: SG Investimentos)


Para que o cálculo seja mais preciso, é interessante analisar como ficaram esses mesmos gastos elencados nos seis meses anteriores e então determinar uma média, que será usada como parâmetro para os próximos 12 meses.


O especialista afirma que ter essa estimativa dos custos fixos bem projetada é muito importante para entender quanto da renda básica da família estará empenhada para cobrir estes gastos.


Entendendo os custos variáveis.


Também não devem ficar de fora da conta os custos variáveis, aqueles que têm uma maior volatilidade de um mês para o outro — e muitas vezes não correspondem a gastos essenciais ou de grande frequência.


“A saída que você faz para jantar com o marido ou com a sua esposa, não é [custo] fixo, né? Mas você tem que ter uma estimativa de quanto gasta em média. Então você vai olhar nos seus últimos seis meses quanto você gastou com jantares, por exemplo”, destaca Stuart.


Segundo o assessor, são justamente esses gastos variáveis que costumam ser esquecidos no orçamento ou até mesmo são calculados de forma errada, como transporte, lazer, delivery , vestuário — provocando um descontrole nas contas no final do mês.


“Porque como cada mês é de um jeito, é muito mais fácil perder o controle. Então, eu diria que o que é esquecido mesmo são essas coisas, como pedido de delivery , gasto com transporte, que você pode esquecer que pediu o Uber várias vezes no mês e tem ali R$ 600 de Uber na fatura do cartão”, comenta.


Revisões do orçamento podem ser necessárias.


Ao longo do ano, muitas mudanças podem afetar a administração do dinheiro da casa. Por isso, mesmo tendo um orçamento anual, é importante ter em mente que qualquer evento extraordinário, seja bom ou ruim, pode exigir um novo planejamento.


“Se você foi promovido, você ganhava 10 mil e agora vai ganhar 15 mil, então você tem 5 mil a mais na tua renda que você não esperava. Mas tem um exemplo ruim, ‘ah, meu marido foi demitido. Agora a renda familiar caiu em 20 mil’. Então você vai ter que fazer um novo planejamento”, recomenda Stuart.


No entanto, por via de regra, sem grandes mudanças ou acontecimentos que afetem as finanças pessoais, é interessante que a revisão seja feita em um período de seis meses, para garantir que os gastos estão dentro da estimativa e as metas no caminho para serem alcançadas.


Fique de olho nas projeções da inflação.


Durante as revisões, as projeções da inflação — medidas pelo Índice de Preços no Consumidor (IPCA) — não podem ser ignoradas. A partir desse índice é possível ter uma noção mais precisa dos preços nas prateleiras.


No entanto, o assessor sugere que a análise da inflação deve ser feita conforme os produtos mais consumidos de maneira particular pela família, a chamada inflação pessoal.


“Por exemplo, se eu tenho filhos e você não tem. Eu consumo um tipo de mercado que com certeza você não consome, que envolve desde fraldas até brinquedos, ensino básico. Então a variação do preço desses mercados vai impactar a minha inflação pessoal e para você não vai mudar nada porque você não tem nenhum filho”, demonstra Stuart.


A mesma orientação serve para quem consome ou tem interesse em adquirir itens de luxo, como carros e relógios, que possuem variações muito maiores do que o calculado no IPCA.


“A depender da complexidade da sua vida financeira, talvez seja interessante contratar um especialista que faça isso para você. Mas tudo isso depende de quão complexo é o teu orçamento”, complementa o especialista.


Além de tudo, dívidas precisam ser quitadas.


Já para os inadimplentes, que estão com o famoso “nome sujo”, não tem muito mistério. Arthur Stuart ressalta que será necessário criar um plano de contingência primeiro. No mundo das finanças, é o chamado “apertar os cintos”.


Cada tipo de dívida terá um planejamento diferente, como cartões de crédito, financiamento, etc. O mais importante, porém, é que o devedor busque alternativas de negociar a dívida para conseguir pagá-la em tempo e condições mais confortáveis.


“Ou seja, negociar os juros que estão nessa dívida e pagar o quanto antes. Não adianta falar sobre investimentos, não adianta falar sobre comprar imóvel, sobre trocar o carro se você tem uma dívida que só vai aumentar se você não pagar”, afirma Stuart.


Quitar as dívidas é uma etapa indispensável, uma vez que, com o nome sujo, não é possível ter acesso a taxas justas. Afinal, clientes inadimplentes são considerados de risco para as instituições financeiras.


“Então não tem outra resposta a não ser criar um plano para pagar as dívidas e negociá-las — de uma forma que você consiga pagar talvez em parcelas, mas você tem que pagar”, diz.


Primeiros passos para começar a investir.


Por outro lado, pessoas livres das dívidas, com o orçamento pessoal sob controle e boa capacidade de poupança, podem e devem construir uma reserva de emergência para então começar a investir o seu dinheiro.


“O tamanho dessa reserva vai variar justamente do perfil da pessoa, porque, por exemplo, se eu sou uma pessoa que eu tenho uma filha, tenho um emprego no mercado privado, ou seja, eu posso ser demitido em algum momento, não sou concursado público, eu com certeza preciso ter uma reserva financeira muito maior do que um juiz”, explica Arthur.


Outro cuidado importante depois de construir a reserva é referente aos atos de consumo. Isto pois, a propensão ao consumo após promoções e aumentos salariais tende a aumentar, colocando em risco o planejamento financeiro.


“Digamos que você ganha R$ 5 mil, tem o custo de vida de R$ 3 mil e tinha R$ 2 mil de reserva. Mas aí você foi promovido, agora vai ganhar R$ 10 mil. Você vai ganhar o dobro e a primeira reação de quase todo mundo é justamente aumentar também o padrão de vida”, enfatiza o assessor.


Com a reserva financeira atingida e de olho na propensão de consumo, o novo investidor precisa estabelecer metas para entender quais as melhores opções para alocar os seus investimentos.


“Imaginando que você já tem a reserva de emergência pronta, você vai ter que traçar metas ‘Ah, eu quero viajar uma vez por ano para Europa. Ah, eu quero comprar uma casa de R$ 1 milhão em 15 anos. Ah, eu quero trocar de carro a cada dois anos’”, cita como exemplos.


Neste momento, contar com uma empresa especializada ou um assessor de investimentos pode ser o ideal para encontrar possibilidades que ofereçam a segurança e diversificação nos seus aportes, seja em renda fixa ou variável.


5 dicas de ouro no planejamento para 2023.


Para completar, o assessor traz ainda cinco regras de ouro para quem deseja se planejar melhor para o ano que inicia — e nos próximos que virão —, sem abrir mão de uma vida confortável e com liberdade para investir.


Dica nº 1: pague as dívidas antes de investir.


“Não pense em investimento se você está endividado. Seu primeiro objetivo, tem que ser separar essas dívidas, depois você pensa em reserva de emergência e em investimentos.”


Dica nº 2: não tome grandes decisões sem conferir o orçamento.


“É preciso muita cautela na hora de tomar uma decisão, como comprar um apartamento, comprar um carro, ou financiar que é pior do que comprar. Porque talvez você não esteja considerando todas as variáveis que podem impactar sua vida financeira.”


Dica nº 3: invista baseado em objetivos.


“Se o cliente falar ‘meu objetivo é ganhar dinheiro com investimentos’, então você não tem objetivo nenhum. Você tem sempre que tratar um sonho e o planejamento financeiro vai ser o instrumento para alcançar esse sonho. Então a independência financeira sim, ela pode ser um sonho, mas ganhar dinheiro por si só não é um sonho.”


Dica nº 4: cuidado com cartão de crédito.


“Mais voltada para planejamento pessoal, eu diria para ter cuidado com cartão de crédito. Porque se você for escravo do cartão de crédito, você pode começar a passar tudo [no crédito], e quando perceber, tem durante 12 meses uma fatura já comprometida que você nem sabe se vai conseguir pagar.”


Dica nº 5: pague-se primeiro.


“Para mim é autoexplicativo, mas é justamente você se tratar como uma conta, como um aluguel. Geralmente o comum é receber o salário e assim começar a pagar as contas. Aí eu falo ‘você é uma conta’.”


“O teu futuro, sua aposentadoria, é uma conta, então primeiro você se paga, depois você paga as contas. Então se você está com um orçamento planejado, primeiro você investe, porque você já sabe que você vai conseguir pagar as contas.”

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